A Toyota já definiu o cronograma da nova geração da Hilux e do SW4 no Mercosul. A picape, recém-revelada, só iniciará sua produção na Argentina no fim de 2026, o que empurra a estreia no Brasil para o primeiro trimestre de 2027. A informação vem do jornalista argentino Horacio Alonso, que afirma que a fábrica de Zárate já recebeu a confirmação interna do projeto.
A partir de meados de 2026 começam os ajustes da linha de montagem e a fabricação das primeiras unidades pré-série.
O lançamento será escalonado, primeiro chegam as versões 2.8 turbodiesel convencionais, ainda sem eletrificação. O sistema híbrido leve estreia somente no segundo trimestre de 2027, criando uma segunda onda de novidades na linha. Já a aguardada Hilux totalmente elétrica fica para depois, a produção está prevista para o final de 2027, com vendas no Brasil iniciando em 2028.
O SW4, que segue firme para a América do Sul, passa a ser produzido na Argentina entre março e abril de 2027, mantendo sua conexão histórica com a picape.
O que muda na Hilux 2027
A nona geração foi profundamente revisada. A estrutura das portas foi o único elemento preservado, o restante da carroceria foi atualizado para acompanhar a linguagem visual recente da Toyota, semelhante ao que se vê no Corolla Cross e no Camry.
A cabine também passou por uma reformulação completa. A nova central multimídia de 12,3 polegadas adota software mais rápido, visual refinado e conexão sem fio para Apple CarPlay e Android Auto, até mesmo nas versões básicas WorkMate.
O painel de instrumentos varia conforme a versão, 7 polegadas nas configurações de entrada e cluster digital de 12,3 polegadas nas SR5 e Rogue.
Controles físicos para o ar-condicionado foram mantidos, os bancos receberam novo desenho e o volante agora segue o estilo do Toyota Prado.
As versões mais caras passam a contar com direção elétrica, enquanto as opções de entrada continuam com assistência hidráulica.
A suspensão mantém a base conhecida, mas foi recalibrada, WorkMate e SR priorizam carga e reboque, enquanto SR5 e Rogue oferecem mais conforto em uso diário.
O chassi ganhou reforços estruturais, com novas soldas e coxins hidráulicos para cabine e motor, diminuindo vibrações.
O pacote de segurança ativa (ADAS) ficou mais completo. De série nas versões picape, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, alerta de ponto cego, aviso de tráfego cruzado e o novo airbag central dianteiro, pensado para evitar o choque entre motorista e passageiro em colisões laterais.
A Hilux híbrida
O sistema híbrido leve replicará a solução que a marca já usa em mercados como Europa e Ásia. Ele combina o motor 2.8 turbodiesel a um gerador elétrico alimentado por bateria de 48V, focado em suavizar arrancadas e reduzir consumo sem alterar capacidade de carga ou reboque.
A potência permanece em 204 cv e 50,9 kgfm, mas segue a dúvida sobre a calibração de 224 cv e 55 kgfm da GR-Sport, ainda não confirmada para o Brasil.
A Hilux elétrica
A grande ruptura da nova geração está na estratégia de múltiplas tecnologias. A Hilux ganhará uma versão 100% elétrica, chamada e-Travo, além de uma variante a hidrogênio prevista para 2028. Uma opção híbrida plug-in também está em estudo.
A picape elétrica mira operações específicas. Com bateria de 59,2 kWh, oferece autonomia estimada de 240 km (WLTP) e capacidade de reboque de 1.600 kg.
Ela usa dois motores, o dianteiro gera 112 cv e 20,9 kgfm, e o traseiro entrega 176 cv e 27,4 kgfm, resultando em 196 cv combinados, números menores em torque quando comparados ao tradicional 2.8 turbodiesel.
